Você já se perguntou por que o árbitro levanta cartões coloridos durante uma partida de futebol? Embora hoje eles sejam parte fundamental do jogo, os cartões amarelo e vermelho são uma adição relativamente recente à história do esporte. Eles surgiram para resolver um problema comum em partidas internacionais: a dificuldade de comunicação entre árbitros e jogadores que falavam diferentes idiomas. O Lance! te explica o por que o árbitro usa cartão amarelo e vermelho no futebol.
Antes da adoção oficial dos cartões, punições verbais e gestos subjetivos eram a única forma de controlar a disciplina em campo. Isso frequentemente causava confusão, gerava polêmicas e, em alguns casos, contribuía para o aumento da violência entre os atletas. Faltava um sinal claro e universal que fosse compreendido de forma imediata por todos os envolvidos — jogadores, técnicos, torcedores e imprensa.
Foi então que um árbitro inglês, inspirado por um simples semáforo de trânsito, propôs uma mudança que viria a transformar o futebol para sempre. A criação dos cartões trouxe uma linguagem visual para a arbitragem, tornando o esporte mais organizado e transparente. Neste texto, você vai entender por que os cartões amarelo e vermelho foram criados, como funcionam, quem foi o responsável pela inovação e qual é seu impacto até os dias de hoje.
No futebol moderno, é impossível imaginar uma partida sem a presença dos cartões amarelo e vermelho. No entanto, essa regra relativamente recente só foi implementada oficialmente pela FIFA na Copa do Mundo de 1970, no México. Antes disso, embora houvesse punições para infrações mais graves, não existia um sistema padronizado, visual e compreensível para advertir ou expulsar um jogador durante a partida.
A ideia dos cartões nasceu da necessidade de tornar as decisões dos árbitros mais claras para jogadores, técnicos, torcedores e até para quem acompanhava os jogos pela televisão. Até então, advertências verbais eram comuns, o que muitas vezes gerava confusão e discussões, especialmente quando barreiras linguísticas estavam envolvidas — um problema evidente nas competições internacionais.
O responsável pela criação dos cartões foi o árbitro inglês Ken Aston, que participou da organização da arbitragem nas Copas do Mundo das décadas de 1950 e 1960. A inspiração para o uso de sinais visuais veio de uma experiência pessoal. Em 1966, durante a Copa do Mundo na Inglaterra, um episódio envolvendo o jogador argentino Rattín e o árbitro Rudolf Kreitlein mostrou o quanto as punições podiam gerar polêmica e incompreensão.
Aston relatou que, ao dirigir seu carro pelas ruas de Londres, viu o sistema de semáforos e teve uma ideia: amarelo para advertência, vermelho para parada total. Esse código universal de cores era fácil de entender em qualquer lugar do mundo. Assim surgiram os cartões amarelo e vermelho como conhecemos hoje.
Embora o conceito tenha surgido em 1966, os cartões só foram adotados oficialmente em uma competição de alto nível na Copa do Mundo de 1970, no México. Curiosamente, naquela edição do torneio, nenhum jogador foi expulso. Mas o uso dos cartões como ferramenta visual de advertência e punição logo se consolidou no futebol mundial e ou a ser replicado em todas as competições da FIFA e federações afiliadas.
Com a introdução dos cartões, o futebol ganhou um sistema mais padronizado e justo de controle disciplinar. Árbitros aram a ter uma ferramenta universal para sinalizar punições, o que reduziu conflitos e aumentou a autoridade da arbitragem. Além disso, os cartões trouxeram mais transparência e compreensão para o público, especialmente em estádios e transmissões televisivas.
Ao longo do tempo, o uso dos cartões também ou por ajustes. Por exemplo, em algumas competições, os cartões acumulados ao longo de um torneio resultam em suspensão automática — regra que afeta diretamente o planejamento dos técnicos em fases decisivas.
O sucesso do sistema foi tão grande que outras modalidades esportivas aram a adotar o uso de cartões para punir jogadores, como o futsal, o handebol, o rúgbi e até o vôlei, com suas próprias adaptações.