No mundo do automobilismo, diversas corridas são realizadas anualmente, mas somente três tem um peso especial: as 24 horas de LeMans, as 500 Milhas de Indianápolis e o Grande Prêmio de Mônaco. Mesmo sendo um título não-oficial, cada uma desses três conquistas compõe a Tríplice Coroa do Automobilismo. Apenas Graham Hill conseguiu atingir o feito, mas pode ser igualado por Fernando Alonso, que chegou perto em 2017.
➡️ Bortoleto treina para Mônaco após resultado frustrante em Ímola
Neste domingo (25), duas das provas mais tradicionais do automobilismo serão realizadas, as 500 Milhas de Indianápolis e o Grande Prêmio de Mônaco. Esta não é a primeira vez que ambos os eventos se coincidem, inclusive, em 2017, viveu um momento de "crossover" com Fernando Alonso e a McLaren.
Insatisfeito na McLaren por onde corria desde 2015, Fernando Alonso traçou como objetivo se igualar a Graham Hill e conquistar a Tríplice Coroa do Automobilismo. Na Fórmula 1, o espanhol já havia conquistado o Grande Prêmio de Mônaco (2006) e o Campeonato Mundial (2005 e 2006), ambos pela Renault, nas duas versões do título não-oficial do esporte a motor.
Em 2017, Alonso começou sua trajetória em busca do feito e em abril anunciou que correria as 500 Milhas de Indianápolis daquele ano em uma parceria da McLaren com a Andretti. Porém, a tradicional corrida americana seria realizada no mesmo dia que o Grande Prêmio de Mônaco, no dia 28 de maio. Sem surpreender ninguém, o espanhol decidiu correr a Indy 500 e o veterano Jenson Button retornou da aposentadoria para substituir Fernando no carro da equipe inglesa na prova do principado.
Com um carro competitivo na parceria McLaren-Andretti-Honda, Alonso largou nas 500 Milhas de Indianápolis na quinta colocação. A presença de Alonso na corrida fez disparar as audiências da Indy via internet. As transmissões online dos treinos da prova tiveram um aumento de 1528% como resultado do "fator Alonso".
Na corrida, Fernando mostrou ritmo forte, se mantendo entre os primeiros colocados. Na segunda metade, o espanhol chegou a liderar a Indy 500 e seguia com o sonho vivo de ficar a apenas a uma vitória nas 24 horas de LeMans para conquistar a Tríplice Coroa do Automobilismo. Porém, na volta 179 de 200, o motor Honda quebrou e Alonso abandonou a prova, vencida pelo japonês Takuma Sato. Mesmo com a frustração, foi eleito o melhor estreante das 500 Milhas de 2017.
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Depois de anunciar a aposentadoria da Fórmula 1 em 2016, Button substituiu Alonso no Grande Prêmio de Mônaco do ano seguinte. No treino classificatório, o inglês teve bom desempenho e colocou a McLaren na nona colocação, mas largou de último após trocar componentes do motor. Na corrida, vencida por Sebastian Vettel, da Ferrari, Button colidiu com Pascal Wehrlein e abandonou na 54ª volta.
Com a frustração em 2017, Alonso retornou a Indianápolis mais duas vezes. Em 2019, a McLaren foi com um carro próprio, sem se afiliar com a Andretti, e o resultado foi trágico. Sem encontrar o acerto certo, Fernando não conseguiu se classificar para a corrida após ser superado por Kyle Kaiser no "Bump Day" por 0.019 mph.
Em 2020, Alonso foi para a terceira e, até então, sua última tentativa de vencer as 500 Milhas de Indianápolis. De novo com um carro próprio da McLaren, o espanhol até conseguiu se classificar, mas na corrida, teve participação discreta e terminou na 21ª colocação, uma volta atrás do vencedor Takuma Sato, que venceu novamente da principal prova do automobilismo americano.
Em 2021, Fernando retornou a Fórmula 1, por onde ou pela Alpine e atualmente está na Aston Martin. Com 43 anos, o espanhol ainda não deu indícios que voltará para Indianápolis para tentar a conquista da Tríplice Coroa.
Diferente da Indy 500, Alonso teve grande sucesso nas 24 Horas de LeMans. Em outubro de 2017, Fernando foi anunciado como piloto da Toyota e confirmou sua participação nas 24 Horas de Daytona de 2018, como preparação para correr futuramente em Le Mans.
Em 2018, ele correu ao lado de Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima, pela equipe Toyota, na categoria LMP1, e venceram as 24 Horas de LeMans. No ano seguinte, os três repetiram o feito e se sagraram campeões do Mundial de Endurance.