A Prefeitura de Belo Horizonte pode ter uma carta na manga para garantir aprovação do texto que autoriza o subsídio de R$ 500 milhões às empresas de ônibus. Vereadores da base afirmaram à reportagem que o prefeito Fuad Noman (PSD) estuda a possibilidade de retirar de tramitação a proposta que altera o Plano Diretor, criticado pela esquerda. Com isso, conseguir apoio do PT e do PSOL ao projeto de subsídios.
Essa seria apenas uma hipótese que talvez não seja necessária, devido ao reforço que a base governista ganhou depois da aproximação de Fuad com o ex-deputado Marcelo Aro. Hoje, a base do prefeito tem cerca de 25 parlamentares. Além deles, a esquerda, que costuma votar com a prefeitura, têm cinco vereadores. Para aprovar o projeto do subsídio, são necessários 28 votos.
Segundo vereadores da base, a intenção do prefeito ao aprovar o projeto do subsídio é voltar com a tarifa para o valor de R$ 4,50.
Nega. A vereadora Iza Lourença, líder do PSOL na Casa, negou que haja alguma negociação para trocar o Plano Diretor pelo subsídio. “Não teve conversa do prefeito com a gente nesse sentido. Hoje, na audiência pública (para debater o PL 508) ficou reiterada a necessidade de retirar o projeto para que se possa dar tempo para uma melhor avaliação. Então, houve um apelo para que esse projeto fosse retirado e o secretário (de Política Urbana, João Fleury) ficou de levar esse apelo ao prefeito, agora é aguardar”, explicou a parlamentar do PSOL.
Bruno Pedralva (PT) também reiterou que a esquerda briga pela retirada do Plano Diretor, mas ponderou que ainda “não houve nenhum recuo da PBH”.