Sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Leonardo Rodrigues de Jesus, mais conhecido como Léo Índio, foi alvo de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (27) durante a terceira fase da operação Lesa Pátria, que visa identificar manifestantes que participaram ou financiaram os atos criminosos de 8 de janeiro, em Brasília.
A PF está nas ruas para cumprir 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Até as 11h, agentes haviam prendido cinco apoiadores de Bolsonaro que participaram da barbárie em Brasília.
Léo Índio se tornou alvo de notícia-crime — fato criminoso que chega ao conhecimento da polícia ou do Ministério Público para investigação — após publicar nas redes sociais uma foto na rampa do Congresso Nacional, em meio à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Na ação ele é acusado por crimes como golpe de Estado, incitação e apologia ao crime, injúria, abolição violenta ao estado democrático de direito, associação criminosa e dano qualificado.
Além das acusações, o Coletivo Direito Popular, que protocolou a notícia-crime no STF, pede a prisão preventiva de Índio e o bloqueio de suas contas bancárias e redes sociais.
Apesar de já ter sido candidato a deputado distrital e ocupado cargos de confiança no Senado, e no Partido Liberal (PL), ao qual é filiado, Léo Índio alegou na ação que é vendedor. Ele pediu ao STF gratuidade de Justiça no processo, anexando, segundo a revista Veja, uma declaração de hipossuficiência, que é um instituto do Direito Civil que permite às partes de uma ação comprovar que não está em condições de arcar com as taxas e custas exigidas para a tramitação de um processo judicial, sem prejudicar o próprio sustento.
“Não tenho condições de arcar com as despesas decorrentes do presente processo e honorários advocatícios sucumbenciais, sem prejuízo do meu próprio sustento e da minha família, necessitando, assim, da gratuidade de justiça a qual há de abranger a todos os atos do processo”, declarou o primo de três dos cinco filhos de Jair Bolsonaro. Eé é mais próximo de Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro.
Atualmente a advogada Clarice Pereira Pinto é responsável pela defesa de Índio. Agora, cabe ao ministro Dias Toffoli, relator do caso, analisar o pedido de Léo Índio.
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