A Polícia Federal ouve simultaneamente nesta quinta-feira (31), a partir das 11h, Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e cinco aliados do ex-presidente sobre as joias recebidas da Arábia Saudita. Todos são citados na investigação sobre suposto desvio, venda, recompra e devolução de presentes de alto valor recebidos de autoridades estrangeiras.
Os investigadores da PF querem saber do grupo de onde partiu a ideia para vender as joias e relógios recebidos de presente da Arábia Saudita, para quem foram vendidos, e como foi o processo de recompra e retorno de alguns itens para o Brasil. Ainda, se há mais itens de luxo que deveriam ter sido incorporados à União mas não foram entregues.
Além de Jair e Michelle Bolsonaro serão interrogados pela PF nesta quinta:
A PF vai realizar os depoimentos ao mesmo tempo para evitar uma combinação de versões dos investigados. Na semana ada, o ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pelo inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu a comunicação entre os envolvidos justamente para evitar um possível ajuste de versão.
Na última segunda-feira (28), Mauro Cid ficou 10h na sede da PF em Brasília prestando depoimento sobre o caso. Ainda não se sabe o que ele contou, mas, em outras oportunidades, ele itiu que recebia os presentes de luxo dados a Bolsonaro. A PF interceptou mensagens do ex-ajudante de ordens negociando um relógio da marca Rolex nos Estados Unidos.
O pai dele é apontado como o responsável por vender os artigos de luxo recebidos por Bolsonaro. O dinheiro apurado iria para o ex-presidente. A família Cid tem casas na Flórida, para onde Bolsonaro e Michelle se mudaram após o término da gestão. Mauro Cid e a família foram juntos. A PF diz ter provas da venda, pelo general Mauro Lourena Cid, de itens recebidos por Bolsonaro na Presidência nesse período de auto exílio nos EUA.