EX-MINISTRO

Anderson Torres chega ao Brasil e é preso pela Polícia Federal 5l3s13

Ex-ministro teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspeito de ter sido conivente com os ataques aos Três Poderes 6l145z

Por Levy Guimarães
Publicado em 14 de janeiro de 2023 | 07:49
 
 
Anderson Torres, ministro da Justiça Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, desembarcou no aeroporto de Brasília, neste sábado (14).

O avião onde estava o ex-ministro, vindo de Miami (EUA), pousou em solo nacional por volta das 7h15, horário de Brasília. Em seguida, o ex-ministro seguiu para o hangar da Polícia Federal, acompanhado de um delegado, no próprio aeroporto, e teve sua prisão concretizada após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois, Torres foi encaminhado para o exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal, e seguiu para a o batalhão da Polícia Militar do Guará. A audiência de custódia teve inicio às 12h30 deste sábado e terminou por volta das 17h, também por decisão de Moraes. 

A expectativa é que o ex-ministro siga no local à disposição da Justiça, acompanhado de agentes da PF, até que a Justiça determine onde ele ficará preso de forma definitiva. É possível que ele seja encaminhado para o Complexo da Papuda.

Anderson Torres ainda deve prestar depoimento à Polícia Federal, acompanhado de um advogado. 

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria, na última quarta-feira (11/01), em uma sessão extraordinária do plenário virtual, para manter a prisão do ex-ministro da Justiça. 

A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. A determinação atendeu a um pedido feito pelo Diretor-Geral da Polícia Federal. Nele, a PF alega que Torres foi omisso, negligente e convivente com os atos golpistas que destruíram prédios dos Três Poderes na capital federal. 

Anderson Torres ocupava o cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas foi exonerado por Ibaneis Rocha (MDB) durante os atos golpistas, na tarde de domingo (08/01). Horas depois, Ibaneis teve o afastamento determinado por Alexandre de Moraes, por 90 dias. O STF também confirmou a decisão.