O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou que os protocolos de segurança de todas as cinco penitenciárias federais sejam revisados. A medida foi detalhada em nota divulgada pelo Ministério da Justiça nesta quarta-feira (14) após a fuga de dois detentos em Mossoró (RN).
Dentre as seis ações destacadas pela pasta, está prevista a “ imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais”. Além disso, mais de 100 agentes da Polícia Federal trabalham na apuração da fuga e na recaptura dos presos.
Segundo a pasta, Lewandowski adotou as seguintes providências:
- Determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito istrativo.
- Acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos, ação que já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
- Ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.
- Instruiu a Polícia Federal (PF) para que efetuasse o registro dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol, bem como a sua inclusão no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade policial internacional;
- Mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que realize o monitoramento das rodovias sob sua jurisdição e dê e à recaptura dos presos.
- Mandou que fosse realizada uma imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.
Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos. Eles são conhecidos como “Tatu” e “Deisinho” e são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar. Eles estavam na penitenciária de Mossoró desde setembro de 2023 depois de terem sido transferidos. O motivo da mudança foi porque ambos se envolveram em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco.