Na noite desta terça-feira (5), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizou um "happy hour" com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes partidários da Casa.
A reunião aconteceu no Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente em Brasília (DF), como parte de uma estratégia de aproximação com os parlamentares.
O objetivo dessa iniciativa foi retomar o diálogo e fortalecer os laços com os líderes partidários. No último mês, Lula já havia promovido um evento semelhante com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e outras lideranças políticas.
Ao chegar no Palácio da Alvorada, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, falou sobre as expectativas para o encontro, e afirmou que não era uma agenda para tomar decisões.
“Não é uma reunião para tomar decisões, para definir em relação a isso. É um encontro de agradecimento por parte do presidente Lula, por parte do governo federal, do que foi construído no Senado no ano ado”.
Padilha também indicou que o governo planeja solicitar aos senadores que adiem quaisquer propostas relacionadas à reorganização das finanças públicas até o dia 22 de março.
Nesta data, está prevista a divulgação de um relatório abrangente sobre receitas e despesas, o que pode fornecer informações importantes para orientar futuras decisões políticas.
"O governo vai reafirmar hoje que é importante aguardar o relatório de arrecadação e despesa para ter uma clareza maior da situação fiscal . Então qualquer proposta de reorganização das contas precisa esperar o dia 22 de março".
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou do evento, visto que ele está trabalhando para impulsionar pautas econômicas entre os parlamentares.
Nesta terça-feira (5), Haddad anunciou que o governo planeja enviar um novo projeto de lei para abordar o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), tema que tem sido objeto de debate com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, além da questão dos descontos na contribuição previdenciária dos municípios.
Padilha também falou sobre a medida: "Nós vamos negociar com o Congresso Nacional, com a sociedade, com os setores, uma proposta de término do Perse que seja sustentável do ponto de vista das contas públicas”.
A reunião acontece em um momento de intensos debates sobre projetos polêmicos, incluindo propostas como o fim da reeleição, a adoção de mandatos fixos para ministros do STF e a autonomia financeira do Banco Central, além de outros temas como a regulamentação do porte de maconha.