O metrô de Belo Horizonte continuará fechado até a próxima quarta-feira, dia 1º de março. A decisão foi tomada pelos metroviários durante uma assembleia realizada na manhã deste sábado (25). Uma nova audiência será realizada na quarta-feira, quando a categoria irá decidir sobre a continuidade do movimento grevista.
Os trabalhadores protestam contra o processo de privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, a CBTU. Os metroviários pedem garantias de que os empregos serão mantidos mesmo após a concessão do modelo de transporte à iniciativa privada. "No início da semana, metroviários irão à Brasília na tentativa de conversar com o Governo Federal", informou a nota publicada após assembleia deste sábado. As partes envolvidas na venda do metrô da capital têm até o dia 10 de março para em o contrato.
Pelo décimo dia seguido, as estações do metrô, em Belo Horizonte e em Contagem, na região metropolitana, amanheceram fechadas. Com base na paralisação, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3), aplicou uma multa diária pelo descumprimento da escala mínima. O valor ultraa a quantia de R$ 1 milhão.
Durante a noite de ontem (24), atendendo a um pedido da CBTU, o Tribunal Regional do Trabalho aumentou o valor diário da multa para R$ 200 mil. A nova liminar ainda tconta com uma ordem de bloqueio de mais R$ 950 mil das contas bancárias do Sindimetro. No último final de semana, a CBTU já havia conseguido na Justiça o bloqueio de R$ 250 mil nas contas do sindicato.
O Sindimetro, sindicato que representa os metroviários, informou à reportagem que não dispõe desse valor para o pagamento. Antes disso, a última multa paga pelo Sindimetro referente a greve foi em 2018 por uma paralisação que ocorreu em 2016. O processo de cobrança dos valores também a pela Justiça.