Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é o quinto entrevistado da Temporada Minas S/A Mercados em todas as plataformas de O Tempo.
A entidade foi fundada em 1956 e representa um setor – 26 montadoras, 53 unidades industriais em nove Estados e 38 municípios – que vive o maior ciclo de investimentos da história num total de R$ 180 bilhões em investimentos para os próximos cinco anos. “Só que esse número vai aumentar”, conta o executivo.
A Anfavea reúne as empresas fabricantes de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e de construção.
No histórico de vendas de veículos, Márcio crava: “o Brasil não é elétrico, é eclético. Nós vamos ter todas as tecnologias no Brasil, nós vamos chegar em 2035 com mais ou menos 50% das nossas vendas de veículos eletrificados”.
Além disso, o etanol continua com o protagonismo no país, segundo o presidente da Anfavea.
Márcio ainda mostra uma conta indigesta: O faturamento do setor é de R$ 400 bilhões mas só com a burocracia tributária gastam-se R$ 4 bilhões, R$ 5 bilhões por ano.
"Se nós faturamos R$ 400 bilhões, a carga tributária é em média de 40%, então nós estamos falando de R$ 160 bilhões de tributos arrecadados", calcula o presidente da Anfavea.
Márcio de Lima também é vice-presidente jurídico, tributário e de relações institucionais da Stellantis para a América do Sul, presidente do conselho automotivo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e faz parte do 'conselhão' da Presidência da República.
A seguir, a entrevista de Márcio de Lima Leite na íntegra:
HL: Eu queria que você começasse falando um pouco, Márcio, sobre a sua vida até você chegar à Presidência da Anfavea, como foi essa jornada, foi muito árdua">