Nesta quinta-feira, 5 de junho, data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, a ONG Contato, sediada em Belo Horizonte, dá início à terceira edição do seminário Outras Florestas – Cultura e Meio Ambiente. A abertura acontece no Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal, a partir das 19h, e as atividades prosseguem até o sábado (7), na sede da Contato, localizada no bairro Serra.
Iniciativa da ONG em parceria com a Fundação Banco do Brasil, o projeto Outras Florestas busca, através de tecnologias sociais sustentáveis, contribuir para a inclusão social de populações periféricas, quilombolas e indígenas.
As duas primeiras edições do seminário aconteceram em regiões estratégicas para a pauta ambiental e social do país: Marechal Thaumaturgo, no Acre, em outubro de 2024, no Instituto Yorenka Tasorentsi, liderado pelo povo Ashaninka; e na vila de Moreré, na Ilha de Boipeba, na Bahia, em março de 2025, reunindo representantes de comunidades indígenas, quilombolas, gestores públicos e organizações como Petrobras, Governo da Bahia e Prefeitura de Cairu.
A culinarista Bela Gil participa do evento nesta quinta-feira. Foto: Divulgação
Nessas duas etapas, o projeto promoveu debates sobre justiça climática, tecnologias sociais, combate à fome e valorização dos saberes tradicionais, construindo pontes entre cultura, meio ambiente e inclusão.
O encontro em Belo Horizonte marca a etapa final dessa trilogia de seminários em 2025, fortalecendo a conexão entre os três territórios e consolidando propostas estruturantes para o enfrentamento das desigualdades socioambientais no Brasil.
Até o momento, o projeto já promoveu o plantio de 1.500 mudas de árvores em diversas regiões periféricas de Belo Horizonte, implementou seis açudes de piscicultura em parceria com o Instituto Yorenka Tasorentsi, no Acre, e criou um núcleo de reciclagem de vidro em Moreré, na Ilha de Boipeba, na Bahia.
“Serão ao todo 3.000 mudas de árvores plantadas nas periferias de BH em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e coletivos organizados da cidade, seis açudes de piscicultura gerando 40 toneladas de peixe ao ano, e um núcleo de reciclagem de vidro em Moreré/Boipeba que já triturou mais de 2.000 garrafas que afetavam o meio ambiente na região”, destaca Helder Quiroga, coordenador do projeto pela ONG Contato.
“Ainda realizaremos 26 oficinas de educação ambiental com cultura nestas regiões, todas as atividades gratuitas, e todo um plano de comunicação integrado para aproximar cada vez mais a pauta do meio ambiente do cotidiano das pessoas.” reforça Quiroga.